quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

VIDA PRAIANA...

Que fantástica essa vida praiana!



Os marmanjos voltam a ser criança. Constroem castelinhos na areia, correm saltitantes mar adentro, enterram-se na areia (se bem que isso nem as crianças mais espertas fazem!!).
As crianças tornam-se adultas! Mostram-se responsáveis por um simples siri que tenta fugir da piscininha na areia construída pelos tais marmanjos outrora feitos crianças...
As famílias se reúnem... Algumas pra dividir alegrias, outras pra multiplicar confusões!! Tudo bem!! O importante é que vão somar histórias...
Ali, todos são iguais!!. Pobre ou rico, criança ou velho, negro, branco ou amarelo... Todos querem apenas uns momentos de felicidade...
Mas de repente percebo que estou errada. Não! Mesmo ali, nem todos são iguais...


Ao longe vem Igor, um bonito e simpático garoto empurrando seu carrinho de picolé. Nos seus inocentes 11 anos, não percebe quão grandiosa é sua presença! Gosta de estudar, mas me diz que não tem um sonho pra quando crescer.

Ele, nesse momento, só consegue pensar na quantidade de picolé que precisa vender pra ajudar os pais e dois irmãos que ficaram em casa. E abre um sorriso ao dizer que já vendeu metade e vai precisar repor o estoque pra vender mais...
Eu, nesse momento, só consigo perceber minha impotência. A vontade de ajudar é imensa, mas só posso comprar seu picolé, lhe oferecer água pra matar sua sede e tentar, com nossa conversa em todos esses dias, desperta-lhe outra sede... A sede de crescimento e de oportunidades! A sede de se manter firme no caminho apesar das pedras. A sede de ter reconhecido o seu valor e de se perceber importante no meio de tanta gente...

E ele não é o único... Em meio a churrasquinhos, salgadinhos, milho verde e salada de frutas, tantos outros dividem espaço, cada um lutando do seu modo pra sobreviver. E nesse momento, percebo que ali não somos todos iguais! Nesse instante, eles são melhores que nós, meros turistas, “praieiros”. Eles são lutadores e exemplos de vida, como tantos outros brasileiros que teimam em sobreviver e não perdem a alegria e a garra diante das dificuldades!!

E a despeito de toda essa agitação, a gaivota plaina suave, o vento continua a soprar e as ondas continuam a quebrar... mostrando-nos que, apesar de tudo, a vida continua!

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