quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

PLANTAÇÃO


Há um provérbio chinês que diz: “Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo de plantamos”. É verdade... Colhemos o que plantamos... Mas acho que o ditado não contempla o longo processo entre o colher e o plantar... Tem muita coisa pra acontecer entre a escolha da semente e a colheita...

Somos os únicos responsáveis pela escolha do que plantar, mas nunca teremos como saber com exatidão o que vamos colher. Por mais cuidado que tenhamos com a lavoura, nunca conseguiremos ter total controle sobre as pragas que o vizinho planta no seu quintal e que teimam em atacar nossa plantação. Também não poderemos interferir nas intempéries da natureza, por mais que sigamos o calendário rural, as fazes da lua, usemos o adubo certo ou façamos a poda em tempo...

Nesse sentido é que digo que poderemos escolher o que queremos colher, mas nunca saberemos exatamente O QUE e SE colheremos, apesar de termos plantado...

Apesar disso, sigamos plantando aquilo que queremos colher! Continuemos cuidando para que nossa lavoura seja o menos prejudicada possível! E no fim, se colhermos frutos menos abundantes do que esperávamos, que aprendamos a nos contentar com menos e a persistir na plantação da próxima safra. E que possamos pacientemente esperar por novos frutos...

Um comentário:

  1. Uma postagem bonita e muito significativa. Me fez recordar dois textos da Bíblia que parecem preencher a lacuna do ditado chinês que você mesma questionou. Uma é de Marcos 4, 26-29 onde ele diz que o semeador semeia, dorme e acorda e não sabe como acontece o processo do nascer e desenvolver da semente que vira planta. Aí está uma das grandes questões do ser humano: os filhos crescem e não vemos, os tempos mudam e apenas sentimos, não podemos enxergar. Se se mexe na semente todo dia ela não morre para nascer, continua lá! O outro texto é de Mateus 13 quando fala do joio: se tentamos arrancá-lo arrancaremos também o trigo. O ser humano é assim, tem que ser tratado com paciência, pequenos goles e polidez. Abraços!

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